sábado, 28 de agosto de 2010

DVD - 49 "MELHOR AMBIENTE".

TERTÚLIA PRESERVAR O AMBIENTE

Debate ambiental e musical em Novelas, levado a efeito no salão polivalente da sede da junta de Freguesia de Novelas, cujo tema indicado era “melhor ambiente”. Presença dos convidados, Engenheira Glória Araújo deputada da Assembleia da República, que integra a comissão do ambiente e o chefe Magalhães que integra o SEPNA, G.N.R. Ambiente de Penafiel.

Grupo Musical Reciclados.
O Grupo é composto por Eduardo Oliveira - viola baixo, bateria - Duarte Barros, viola - Vítor Ferreira, guitarra - Rogério Ferreira, viola Alberto Monteiro, vozes de Mónica Magno e Helena Arriscado.


Um apelo á preservação do ambiente.



Novelas, 29 de Agosto de 2010.







quarta-feira, 25 de agosto de 2010

NÃO FAÇAS PARTE DELE!

O SISTEMA


A política, a economia, e a religião, este trio de horrores criado pelo ser humano, assola a terra e engana todos aqueles que tentam viver com alguma seriedade e tranquilidade.
Naturalmente que quase todos, já passaram por uma considerável quantidade de medos e ansiedades, relacionados com um qualquer destes três aspectos que nos leva a pensar, no que mais teremos de enfrentar.
Mesmo de um modo simples, entende-se este trio como instrumentos terríveis que muitos usam, para escorar as suas ilusões de segurança e controlo.
Essas estruturas e ideologias, tentam criar uma sensação de certeza e segurança, mas tornam-se inúteis, porque nada disso existe.
É tudo FALSO!
O sistema não pode garantir essa segurança, nem permite gerir e orientar a nossa vida.
O panorama criado com que nos deparamos hoje, tira-nos a simplicidade e a pureza de desfrutar as coisas belas da vida.
A sociabilidade, a partilha, o convívio e o contacto humano.
É o que é. No entanto, apesar do sistema e das ideologias estarem por toda a parte, e de todos os esforços vãos e fúteis da humanidade, Novelas é uma freguesia agradável e ainda tem uma liberdade que pode fazer uso, permitindo-o estar dentro do sistema sem fazer parte dele.


Novelas, 25 de Agosto de 2010.






sexta-feira, 13 de agosto de 2010

MANUEL DE SOUSA PINTO BARROS

 
Homenagem a um Amigo

Nasceu a 26-06-1934  Faleceu a 13-08-2007


A manhã triste do dia 13 de Agosto de 2007, tornou-se numa manhã cinzenta e a freguesia de Novelas acordou sob a notícia de impacto, quando faltavam poucos minutos paras as 10 horas. 
Um terrível acidente tirava a vida a Manuel de Sousa Pinto Barros. Num país poupado pela violência sem guerras ou fenómenos naturais como terramotos, tsunamis e furacões que devastam sem clemência, a vida deveria valer um pouco mais. Foi a poucos metros de uma paragem na avenida 5 de Outubro em Valongo, esperava o arranque de um autocarro de passageiros para passar para o outro lado da via. Mal aquele veículo saiu, atravessou sem reparar que se aproximava um camião TIR. Começou por dar uma pequena corrida, as pessoas estavam distraídas, nem deram por ela, mas foi um acidente fatal, o camião passou e este homem ficou no chão em paragem cardio-respiratória. Durante 20 minutos foi tentada a sua reanimação com a chegada da VMER do Hospital de S. João", mas todos os esforços foram em vão.
Manuel de Sousa Pinto Barros, nasceu a 26 de Junho de 1934, era Inspector reformado dos caminhos-de-ferro e um amigo que admirava. No tempo em que a antiga estação era um local de encontro da população, ele e um conjunto de amigos estiveram solidários contra a sua deslocação, mas a luta que desenvolveram não sortiu efeito. Um dia, pediu-me insistentemente para colaborar com ele num opúsculo que publicaram e mais tarde Manuel de Sousa Pinto Barros apesar de ter um sentido apurado de ironia, sentia-se desiludido por não conseguirem vencer a contenda.
Tomo a liberdade de transcrever, uma carta por ele endereçada aos Novelenses.



Olho á minha volta e vejo que tudo é belo, então apercebo-me de que pessoalmente sou forçosamente um homem muito feliz.
Sou feliz, porque conheço pessoas fantásticas como você e outras, sou feliz porque partilho sorrisos olhares e conversas de amigos, sou feliz porque ainda estou aqui, junto de pessoas amigas com particularidade na aldeia que me viu nascer.
Neste mundo que me rodeia não há nada, mas mesmo nada a não ser a previdência Divina, que me impeça de pretender ser uma pessoa feliz.
Caminhar, caminhar e concretizar os meus sonhos, sorrir e gritar bem alto ao mundo para dizer o que se sente a todas as pessoas, de que a guerra não leva ninguém a lado nenhum para termos o que queremos ter. Só é preciso que cada pessoa faça a sua luta honestamente. Não é preciso nem é necessário recorrer á maldição das armas, não é preciso recorrer á violência, mas sim corresponder em qualquer circunstância com um simples sorriso e ao mesmo tempo com um gesto de ternura.
Por tal facto insisto dizer que sou feliz, porque através desta mensagem tenho o pressentimento de conseguir colocar todas as pessoas com uma certa dose infinita de felicidade.
Por vezes fico triste e comovido, por saber que no mundo em que vivemos, existem coisas maravilhosas e tão belas, mas que os homens mais poderosos deste planeta só sabem resolver os problemas com a força das armas de guerra, causando a morte de milhões de pessoas e crianças inocentes e o caos da destruição.
Eu me confesso, apesar de ser uma pessoa feliz, sinto ter uma dor sentimental a qual me deixou marcas com cicatrizes e que são difíceis de desaparecer, exemplificando o motivo.
O silêncio vivido por parte das pessoas responsáveis na altura de um passado recente, resultou a que não tiveram força necessária para accionar o travão acerrimamente contra os invasores, para que a centenária estação denominada Penafiel não tivesse o triste desfecho que infelizmente teve. Pois esta situação poderia ser evitada por força de uma acção popular desta aldeia de Novelas, porque o caso tinha pano para mangas e o assunto teria sido resolvido com outras directrizes.
Assim com a mudança da nova estação ferroviária para o deserto, Novelas não merecia ficar mais pobre, porque o seu coração foi selvaticamente estrangulado.
Agora que está tudo resolvido a contendo de muita gente interessada, o meu gesto de revolta para sempre”.
Ass. Manuel de Sousa Pinto Barros

Foi alguém que viveu com a certeza de que a ”guerra e a força das armas não levam a lado nenhum” bem como o seu “gesto de revolta” com a deslocação da antiga estação denominada Penafiel para aquilo que considerava deserto, mas apesar de tudo sentia-se feliz, por conseguir colocar todas as pessoas com uma dose infinita de felicidade.
Contudo, cada povo conduz a sua saga e numa sociedade assim, nem as pessoas com silhueta de gente, conseguem ser indiferentes á sua partida. Quem com ele conviveu não poderá jamais negar a sua impetuosidade em falar da revolta que lhe vinha à mente sobre algumas atitudes marcantes, frente a determinadas situações sérias.
Penso que nestas ocasiões apesar de pouco, muito haveria para ser dito, e esta frase demonstra com clareza um pouco da sua vida:
“Sou realmente feliz. Manuel de Sousa Pinto Barros”.
Contrariando o texto, acostumamo-nos tanto com a maldade que já não temos forças, para discordar com a violência. A vida vale muito mais!
Que bom seria se todos conseguissem ver… mas ignoramos por preconceito, por indiferença, frieza, por não querermos ver – a cegueira consciente.
Saudades.


Novelas 13 de Agosto de 2010




segunda-feira, 9 de agosto de 2010

DVD - 47 "QUE BELA CAMARADAGEM”

31 DE JULHO DE 2010 QUE BELA “CAMARADAGEM”!


CONVIDADO ESPECIAL JOSÉ RAMALHO!
SE!.


Naturalmente que se os faraós do Egipto conhecessem as gruas, o aço e o betão, e se possuíssem ferramentas pesadas para construírem as pirâmides... elas não seriam certamente erigidas. Mas porque foi apenas se!
E ainda bem, pois elas lá continuam perdurando século após século.
Sorrio só de pensar que se Alexandre Magno, desfrutasse dum bom néctar, em Setúbal na casa Ermelinda de Freitas, ou então imagino como teria sido diferente a História, se Heródoto, Plínio o Velho, Marco Polo e Bernal Díaz del Castillo, tivessem por um acaso á sua disposição câmaras de filmar para registarem as suas vividas descrições históricas.


Oh! Os textos, o som, as cantigas, a música, a poesia e até as fotografias do momento, poderiam ter sido difundidos em tempo real, por todos os lugares da terra através da internet e hoje poderíamos deliciar-nos com esses momentos.
Tenho a certeza que seria um registo memorial.
Tudo seria diferente! Ufa!
Nem dá para imaginar.


Dalai Lama, também numa conferência este ano , disse: “ Depois, quando fores mais velho e olhares para trás, serás capaz de desfrutar de novo”.
Foi exactamente por tudo isso, que nos reunimos, sem bússolas; gruas; betão; técnicas modernas e tantas mais invenções, com um único objectivo. Manter um elo de ligação, de amizade, carinho e família, sempre com as mesmas convicções.


Não é um êxito, e sabemos no entanto que êxitos extraordinários, foram sem qualquer dúvida, a mais recente história no nosso país. “A Revolução de Abril”, e apesar de não sonharmos com sucessos, não é impeditivo neste sentido simplesmente pensar, que ainda há quem tenha princípios e defenda causas como, o conceito de Família hoje em vias de extinção, e sobretudo como existem Verdadeiros Amigos.


Neste sentido, reconhecemos e estamos muito agradecidos pelo que nos foi oferecido, a belíssima música, a poesia, e sobretudo uma noite fantástica, mesmo apesar de que às vezes nos queixamos de algumas insignificâncias…
Que não temos tudo o que queremos, ou que esta vida é “insuportável”.


Ou então bolas! Acabou a cassete de vídeo; o telefone não funciona; não vieram alguns convidados; estes sapatos estão apertados; o técnico de som não está no seu melhor; que raio de barulho; calem-me esse cão; ufa! Está um calor dos diabos.


Meus amigos, isso não têm importância nenhuma!
Ah! Mas ninguém dá atenção a tantas e tantas coisas agradáveis e maravilhosas…
Que lindo dia! e que bem canta aquele passarinho; que bela paisagem, até se vê o Sameiro; que bem cheiram estas flores; umm, mas que prato tão saboroso; que bom vinho e tão fresquinho, que linda música se tocou; que bonitas palavras proferidas pelas crianças; que bem te fica essa cor; ah, até desligaram a televisão!


E aqui transcrevo as palavras sábias do meu pai, que as proferia meio a brincar e meio a sério, enquanto lia as crónicas de Eduardo Prado Coelho. Devemos fazer por bem, sem nos preocuparmos com o mal, ou “Como quer que seja, estamos melhor que se estivéssemos pior”.
Não te preocupes, todos fazem e fizeram a sua parte. Não tentes mudar. Acabo de ler que até hoje “Se ninguém serviu, ninguém serve e então ninguém servirá”.


Posto isto digo finalmente. Que bela é a vida! E lembro António Feio. “TONI”, que nos transmitiu o grande prazer de viver sem nada por dizer.
Eu penso que todos participamos, como o temos feito ao longo deste ano, na UNICEPE; em MAFAMUDE; nos 80 anos do ZECA; na associação PADRE MÁXIMINO; no ATENEU; no café SOCIEDADE; no 25 de Abril em SANDIM; na nossa terra em NOVELAS; e em muitos outros locais.
Difundimos a música; a poesia a fotografia; defendemos a pobreza e a paz, por todos os lugares da terra e hoje fizemos, dissemos e sentimos uma noite muito AGRADÁVEL.


A nossa passagem por este mundo é muito curta. “Fazemos o que podemos... e o que nós permitimos que ela faça”.
Desculpem-nos mas não vamos deixar por dizer.
OBRIGADO AMIGOS, GOSTAMOS MUITO DE VOCÊS!

Reinaldo Meireles;
Luísa Meireles;
Miguel Meireles;
Bruna Meireles.


Novelas 2 de Agosto de 2010.