quarta-feira, 24 de novembro de 2010

DVD - 25 "JOSÉ RÉGIO".

LEMBRAR O POETA!
Mais uma noite de poesia foi levada a efeito na Unicepe, Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto, CRL na Praça Carlos Alberto, 128-A 4050-159 PORTO.
Desta vez foi homenageado o Poeta José Régio, com mais uma introdução do senhor presidente, que sempre soube de uma forma admirável, muito bem receber os participantes e restante público. Obrigado Dr. Rui Vaz Pinto.




A apresentação do poeta esteve a cargo, de uma figura conhecida de todos os sócios que com muito saber, sempre soube muito bem apresentar, os poetas homenageados.
O seu conhecimento, e a sua dedicação, a um projecto de uma tão nobre causa ao longo de mais de dois anos nestas noites de poesia, demonstraram na minha opinião, de como realmente teremos muito a aprender.
Foi um prazer de eu como associado, participante, e colaborador, ter conhecido uma figura da dimensão de almas guerreiras, como sempre o disse.
Em meu nome pessoal, o meu muito obrigado, pela forma de como muito bem soubeste descrever, dar a conhecer e apresentar tão nobres e ilustres poetas.
 
José Silva.




Participaram ao longo de dois anos, cerca de meia centena de Poetas e Poetizas com muita sabedoria, e outros que com muita ternura tentaram fazer o seu melhor.
Com apenas dez anos apresentou aqui em público o seu primeiro poema. É com grande orgulho que a Unicepe e eu, incentivo crianças à participação, na leitura e escrita, como: 

Bruna Meireles



Inexperiente, mas com uma boa atitude, a Unicepe foi um incentivo para outros conhecerem e aprender a gostar da leitura, de participar, de estarem mais à vontade e de se sentirem melhor como aconteceu com: 

Luísa Meireles.



Bom mesmo foi conhecer gente maravilhosa! A ternura dos 80 são na realidade excepções, apesar de uma formação e conhecimento vasto em relação á poesia. É com muita satisfação, que participamos com pessoas de carácter, e sabedoria como: 

Fernanda Cardoso.




A poesia é sempre entremeada com artistas convidados, e todos eles foram maravilhosos. A lembrar o Poeta José Régio foram cantadas musicas da sua autoria, que maravilharam os presentes como o fez, 

Fernando Ribeiro e Pedro Sá.



De Poetas e Poetizas, há sempre quem tenha formação e por isso passe com distinção. Foi com enorme prazer, que conheci e acompanhei a escritora e Poetiza ao longo destes últimos anos, 

Maria de Lourdes dos Anjos.



No entanto há, sempre alguém que vejo pela primeira vez. Ao longo do tempo nunca ninguém deixou ficar mal os poetas reconhecidos, e José Régio se fosse vivo sentiria orgulho, em ver a classe menos jovem e inexperiente a honrar o poeta como fez o amigo, 

Júlio.



Vários foram os artistas, cantores, músicos, e compositores que por aqui passaram. Cada um com um enorme valor. Vou falar para todos, mas sem falar de ninguém em especial.
Que maravilha.
Palavras para quê, quando se ouve cantarem e interpretar tão bem como o fizeram. Obrigado por me darem o prazer de conhecer e contactar artistas com tão grande talento.
Esta é mais uma canção, entre muitas da sua autoria, e que muito bem a interpretou,

Fernando Ribeiro e Pedro Sá.



A juventude têm destas coisas. Talentos raros e interpretações únicas, que deixaram em muitas participações pessoas como eu fascinadas.
Além de fotógrafa convidada pela Unicepe, presenteia sempre os homenageados, de uma forma surpreendente.
Foi um prazer muito grande conhecer, 

Ana Almeida Santos.


Me perdoe o amigo, sei que estou a ficar velho! Mas, reconheço que a velhice é um posto. Não encontro palavras para descrever, a cordialidade, gentileza, o saber, e o carinho escondido por detrás de alguém que por vezes parece que não conheço! É na realidade fascinante esse teu conhecimento e essa tua sabedoria que me levam a interrogar, como consegues fazer maravilhas, com poemas, apresentações, música e canções. É fascinante, como demonstra claramente: 

José Silva.


Um artista, que trabalhou e conviveu com grandes figuras, e com quem tive o prazer de conhecer e colaborar. Tal como José Silva é um cantor de Intervenção, que partilhou momentos na Unicepe como cantor convidado. Foi um prazer ter conhecido e trabalhar com: 

Carlos Andrade.


Bom, para terminar. Todos com quem tive o prazer de partilhar conviver, e colaborar em cultura, foi para mim surpreendente, na minha memoria eu os guardo.
Foram muitos os eventos culturais, espectáculos, poesias e até convívios partilhados com jantares, em diversas Associações, Grupos ou instituições.
Como foi bom, ter conhecido Gente maravilhosa.
Não me estou a despedir, apenas está a chegar mais um Natal e a começar um novo ano. No entanto, abraços e beijos para todos e todas, com quem tivemos o prazer de partilhar, momentos altos como este.
Vejam um poema de José Régio acompanhado á viola, e tão bem interpretado, pelo meu amigo a quem mando um abraço: 
 Reinaldo Meireles

Rui Vaz Pinto.
 

TEXTO DE ENCERRAMENTO.

Com o encontro do passado dia 24.11.2010, cumpriu-se mais um ano de encontros de poesia e música da Unicepe.
Como remate e em jeito de homenagem, gostava de lembrar aqui o nome de uma mulher que, há 55 anos, mais precisamente, no dia 1 de Dezembro de 1955, escreveu, sem papel e sem pena, um dos mais lindos poemas da humanidade.
Nessa altura, vigorava nos Estados Unidos, a humilhante e vergonhosa lei da segregação racial. Entre outros vexames, os negros, nos transportes públicos, tinham de ceder o lugar aos brancos.
Rosa Parks, assim se chamava a senhora, era negra. Tinha 41 anos e acima de tudo uma grande consciência da sua dignidade como ser humano. Trabalhava a dias! Estava cansada de tanta humilhação a que os negros eram sujeitos. Numa afirmação pessoal, começou a andar a pé. Entretanto, ficava sem tempo para cuidar da sua casa e dos seus meninos.
Ao cair do dia 1º de Dezembro de 1955, na cidade de Montgomery, Rosa Parks regressava a casa. Mortificava-a o pressentimento de que talvez não voltasse a ver os seus entes queridos.
Tomou o autocarro. A dado momento, foi interpelada para que desse o seu lugar a um branco. Recusou-se a fazê-lo. Foi presa. Foi presa por isso!
Mas este seu gesto iluminou a mente de milhares e milhares de negros e milhares e milhares de vezes foi repetido até à abolição da maldita lei de segregação racial.
Rosa Parks morreu em Novembro de 2005, com a bonita idade de 91 anos.
Analfabeta, que lição humana nos legou! Que poema!
Queiramos nós, que cultivamos a poesia nestes encontros da unicepe, ser poetas do jeito desta mulher e até as estrelas do céu se nos vêm juntar em hossanas de glória, pela dignidade humana.

Texto de José Silva

Novelas 24 de Novembro de 2010