sábado, 8 de maio de 2010

EM MEMÓRIA DE VITOR HUGO QUINTELA.


 JOVEM VITOR HUGO QUINTELA
1981 – 2010



Ao longo dos anos e desde a fase da minha juventude, vi desaparecer pessoas queridas de quem gosto e amo. Tenho procurado ser coerente e consequente nos meus
pensamentos, na minha actuação e sempre considerei que está na juventude o suporte essencial do futuro das sociedades e da humanidade.
É natural que glorifique e admire de uma forma muito forte os jovens que, numa sociedade tão perturbada e tão aliciadora, que tudo nos oferece de uma forma supérflua ou doentia e nos retira momentaneamente aqueles que mais amamos, fazendo-nos passar dor e um tremendo sofrimento.
Neste quadro manifesto de uma forma sentida, muito profunda e dolorosa, a morte recente do jovem e colega de trabalho Vitor Hugo Mendes da Silva Quintela de 29 anos, num terrível acidente de viação na sequência de despiste na A4, na manhã do dia 04 de Maio de 2010 pelas 07:30h junto ao nó de Gandra, Paredes, quando os cinco amigos voltavam a casa, após uma noite divertida no Queimódromo do Porto, depois de verem o concerto dos escoceses Franz Ferdinand.
É natural o lamento e pesar por aqueles que nos deixam, mas temos que tirar daí lições daquele terrível e aparatoso acidente que ocorreu ao quilómetro 23, no sentido Porto Amarante, em Gandra.
Além de uma VMER e de uma ambulância dos Bombeiros de Baltar, parou ainda um helicóptero em plena auto-estrada para transportar o Vítor, tendo de ser cortada a circulação entre os nós de Campo e Baltar, nos dois sentidos.
Os votos e as homenagens ao Vitor não podem ficar por meros actos circunscritos ao momento da sua morte. O desafio é que, quase todos e em particular os que estão em idade jovem, estejam atentos aos perigos.
Vitor Hugo Mendes da Silva Quintela
era um jovem bem disposto, simpático e amigo, mantendo sempre aquilo que cada vez vai sendo mais raro: um homem de carácter, natural de Novelas, Penafiel, onde vivia com os pais, empenhou-se no trabalho com uma forte cooperação entre o Serviço e a Universidade, cimentando uma grande relação de amizade.
Desempenhava com a sua entrega, inteligência e sacrifício o sucesso das suas funções nas Piscinas Municipais de Paço de Sousa e era também professor de Educação Física nas Actividades de Enriquecimento Curricular nas escolas de Pedrantil, em Croca e de Covilhô, em Novelas.
Era o mínimo que de forma sentida e justa a sua vida me obriga a que lhe preste a devida homenagem.


É duro, muito duro, não viveu o suficiente para poder morrer.
Paz à alma do Vitor, eterno descanso e respeito pela sua memória.

 

Novelas 22 de Maio de 2010