T.A.S.
Grupo de Teatro Amador de Sandim APRESENTA.
Dia 13 de Novembro de 2010, (sábado) pelas 21:30.
...Na passagem de mais um aniversário da morte de Adriano Correia de Oliveira; vamos “Lembrar Adriano” com: Carlos Andrade, José Silva e João Teixeira.
Dia 13 de Novembro de 2010.
Apresentação.
Adriano Correia de Oliveira.
Já todos nós ouvimos o provérbio: “Muito bem se canta na Sé, mas é para quem é”. Ora, este “dito” ajusta-se perfeitamente à figura que, hoje, queremos lembrar. Aquela voz bonita de Adriano Correia de Oliveira não podia deixar de cantar na Sé. E cantou! Cantou na Sé e por toda a parte. Adriano Correia de Oliveira muito embora seja tido como Avintense, em boa verdade, ele nasceu na Rua Formosa, na cidade do Porto, em 9 de Abril de 1942. Chegou a Coimbra apenas com dezassete anos, para frequentar o curso de Direito, na Universidade. Com o entusiasmo próprio dos dezassete anos, logo começou a frequentar as tertúlias académicas, a boémia coimbrã e facilmente entra nos movimentos estudantis. De uma vivacidade natural e com uma voz lindíssima, depressa se torna o menino bonito do Orfeão Académico. Canta o fado (o fado tradicional de Coimbra), gravando um ou dois discos. Entretanto, a este tempo, em Coimbra, sentia-se já os ventos de mudança que sopravam.
José Afonso, que na década anterior fora um dos mais apreciados cantores do fado de Coimbra, andava, agora, por lá, de viola em punho, a cantar uma espécie de cantiga trovadoresca, que rompia com a praxe e a tradição Coimbrã. Era uma cantiga nova, que exaltava e servia os ímpetos libertários que, àquele tempo, fervilhavam e uniam os movimentos estudantis.
Adriano Correia de Oliveira não se fez rogado. Logo se entregou de alma e coração a essa nova corrente musical, a esse novo movimento, a essa nova causa. E surge, então, as mais bonitas trovas que a época produziu; lembremos, por exemplo, “A trova do vento que passa”. Cultiva a cantiga de intervenção e, verdadeiro amante da liberdade, anda por todo o lado, a par com outros cantores, a denunciar a repressão e a prepotência. Insurge-se contra a guerra no Ultramar e ouvimo-lo, então, cantar “Menina dos olhos tristes”. Embrenhou-se também na recolha, selecção e gravação de cantigas do nosso folclore, quer do Continente quer dos Açores e deixa-nos “Morte que mataste Lira”. Muito novo ainda, no auge da sua capacidade criadora, é acometido de uma doença imparável. Morre aos quarenta anos, no dia 16 de Outubro de 1982. Adriano Correia de Oliveira cantou poesia. Não sei se escreveu algum poema. Mas a sua vida, todavia, é a mais eloquente prova de que a melhor poesia não é a que se escreve é a que se vive.
Os Direitos das Crianças, dos Jovens e dos Adultos, a sua protecção, são hoje reconhecidos na lei, contudo continuamos a assistir a atropelos diários dos direitos fundamentais.
Com o começo de um novo ano lectivo, é certinho que o descanso dos pais e encarregados de educação acabou.
Vindo de arrasto das escolas citadinas, projectam-se nas freguesias e o bullying, é uma realidade nova, é um "fenómeno" crescente na nossa sociedade e aqui em Novelas, ao qual pais professores e a população em geral, têm vindo a demonstrar pouca preocupação.
Esta realidade está cada vez mais evasiva, quando devidamente entendida e transposta para fora, se torna bastante precária, quando não inútil.
Em Crianças e Jovens, nas escolas o bullying é feito pelos “espertos”.
Mas este "fenómeno" já não passa só pelos jovens. Nos adultos os grandes agressores são os nossos políticos, que nos estupram, psicologicamente, de uma forma ilegal, intencional e repetidamente. É um tipo de bullying diferente, onde todos são iguais!
É só ligar a televisão e tirar as suas próprias conclusões...
Surge a indignação e a revolta, porque nos violentam tirando-nos tudo aquilo que temos direito.
As palavras mais ouvidas falam, de crise, corrupção, pobreza e de injustiça, onde a nossa humilde defesa termina, quando já nem podemos fazer uso dos direitos.
É só abrir os olhos e não nos deixarmos sofrer do complexo de invisibilidade!
Existe algo que aprendi, “Se o Velho pudesse e o Jovem quisesse, não havia nada que se não fizesse.”
Eliminar todos estes tipos de bullying é uma questão de querer e de poder.
Só assim teremos uma sociedade melhor.
Novelas 23 de Outubro de 2010
Todas as Quartas-feiras de cada mês, das 21h30 às 23h, lembraremos um dos nossos sempre tão esquecidos poetas.
O José Alves Silva fará a apresentação.
Depois, todos nós nos recriaremos a dizer a sua poesia, entremeada por bonitas cantigas na voz e na guitarra de cantores amigos.
Apareça, venha saborear connosco, um porto Poças e dizer um poema!
Apresentação José Silva
Historiador português
Nasceu em Ançã, Cantanhede, em 29 de Abril de 1884; morreu em Lisboa em 14 de Agosto de 1960.
Formou-se em Medicina em 1909, depois de ter estudado em Coimbra, Porto e Lisboa. Foi professor no Porto de 1911 a 1915. Tendo sido eleito deputado em 1915, defendeu a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial onde participou como capitão-médico voluntário do Corpo Expedicionário Português, tendo publicado as memórias dessa experiência.
Francisco Carvalho
Com Leonardo Coimbra e outros intelectuais, fundou em 1907 a revista Nova Silva. Em 1910, com Teixeira de Pascoaes, colaborou na fundação da revista A Águia, e em 1912 dá início à Renascença Portuguesa, que publicava o boletim A Vida Portuguesa. Em 1921, separando-se da Renascença Portuguesa, é um dos fundadores da revista Seara Nova. Em 1919 foi nomeado director da Biblioteca Nacional, cargo que exerceu até 1927.
Ana Santos
Devido a ter participado numa tentativa de derrube da ditadura militar foi demitido, exilou-se acabando por viver em França, donde saiu em 1940, devido à invasão daquele país pelo exército alemão. Foi para o Brasil, passando por Portugal, onde foi detido por um curto espaço de tempo.
No Brasil residiu no Rio de Janeiro, tornando-se professor universitário, especializando-se na história dos descobrimentos portugueses e na formação do Brasil. Em 1952, organizou a Exposição Histórica de São Paulo, para comemorar o 4.º centenário da fundação da cidade.
Regressou a Portugal em 1957.
Francisco Carvalho
Mais um ano de poesia e música na UNICEPE.
Porquê!?
No meio de tanta manipulação e controlo de pensamento, por parte dos grandes meios de comunicação, para inculcar subliminarmente na cabeça das pessoas a ideologia individualista neo-liberal, quase obrigatório se torna empreender uma espécie de “curso de autodefesa intelectual”, para nos defendermos de tais efeitos.
Director da UNICEPE – Rui Vaz Pinto
Eis, o sentido das noites de poesia e música na UNICEPE.
Contra a indústria cultural neo-liberal que, a toda a hora e em toda a parte, nos serve droga por cultura, demagogia por poesia, novelas por literatura;
José Silva
Contra a novelesca programação televisiva habilmente concebida para criar viciação, habituando-nos a ficar passivamente em casa, isolados do corpo social.
Francisco Carvalho
Contra a glorificação da mediocridade tão exibida como modelo virtuoso a seguir.
Lembremos os nossos tão esquecidos autores, consagrados na história cultural e cívica que nos identifica, mobiliza e nos dá este orgulho de ser PORTUGUÊS.
Eis, o sentido das noites de poesia e música na UNICEPE.
Maria de Lourdes
Francisco Carvalho
Maria de Lourdes
Fernanda Cardoso
Francisco Carvalho
Luísa Meireles
Francisco Carvalho
Director da UNICEPE – Rui Vaz Pinto
José Silva
Fernanda Cardoso
Bruna Meireles
José Silva
Director da UNICEPE – Rui Vaz Pinto
Francisco Carvalho
José Silva
Venha!... A cultura que liberta não pode vir da mão que escraviza.